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HOMENAGEM A IRMÃ DULCE

English translation below

Não só a Bahia, mas todo o Brasil conhece Irmã Dulce, que em todos os corações tem um altar permanente, ornado por preces e agradecimentos.

Sua história é conhecida. Nasceu Maria Rita Lopes Pontes em 26 de maio de 1914, filha do Dr. Augusto Lopes Pontes, professor da Faculdade de Odontologia, e de sua esposa Dulce Souza Brito Lopes Pontes. Perdeu a mãe muito cedo, aos seis anos, porém, teve uma infância feliz, com os irmãos e parentes. Foi uma menina alegre e brincalhona, até o dia em que uma tia materna a levou a visitar os pobres de um convento. Nesse dia decidiu: "Quero ser freira e dedicar minha vida aos pobres".

Cumpriu a promessa. Entrou para o convento no dia seguinte à sua formatura de Professora. Tornou-se irmã da Ordem Imaculada Conceição e foi ser professora do colégio que a sua Ordem mantinha em Itapagipe, mas sua dedicação era para os pobres.

Começou colocando doentes em uma casa abandonada levando alimentos, remédios e médicos amigos para atendê-los. Sua peregrinação foi grande pela cidade de Salvador. Ocupou com seus doentes os arcos da Ladeira do Bonfim, um mercado popular fechado e o galinheiro do convento, dando-lhes assistência e, sobretudo, amor.

Acabou conquistando a Bahia que, perplexa, via aquela freirinha jovem e fraca andando pelas ruas à noite, recolhendo doentes e mendigos, passando a cuidar deles com desvelo.

Construiu o maior hospital da Bahia, o Hospital Santo Antônio, com cerca de mil doentes internados. Considerado modelo, dispõe de todas as clínicas médicas e centro cirúrgico dos mais modernos, com laboratórios e ambulatórios, proporcionando a seus pacientes um ambiente limpo e confortável, além de alimentação farta e sadia.

O Hospital Santo Aniônio é tão completo e eficiente que a Associação Brasileira de Medicina e o Ministério da Educação o reconhecem como Hospital-escola, concedendo títulos de especialistas aos médicos que fazem residência hospitalar em seus serviços. As duas faculdades de Medicina da Bahia também o reconheceram como modelo e ali seus estudantes fazem estágios oficiais.

Construiu também um Centro Educacional modelo, no município de Simões Filho, onde criou e educou milhares de meninos de rua, conseguindo empregá-los quando atingiam idade indicada para esse fim.

Administradora colossal tinha tudo sob controle, sabia das necessidades, bem como resolver qualquer problema. Conservou, porém, a vida inteira, uma tocante humildade, nunca se jactou pelo que fez, nunca leu um só artigo elogiando suas obras e sempre recusou homenagens, repetindo que era apenas uma serva de Deus e dos pobres. Enfrentou o sofrimento e a morte com fibra e confiança em Deus.

A sua recompensa foi ser reconhecida por unanimidade como a Mãe dos Pobres, a Santa da Bahia, e canonizada em vida, por todos, como Santa Dulce, Mãe da Bahia.

JOSÉ AUGUSTO BERBERT DE CASTRO
Jornalista e Médico Obras Sociais Irmã Dulce

IN HONOR SISTER DULCE

Her story is well-known. She was born on May 26, 1914, called Maria Rita Lopes Pontes, daughter of Augusto Lopes Pontes, professor of the Faculty of Odontology, and his wife Dulce Souza Brito Lopes Pontes. Her mother died when she was six years old, but even so she lived a happy childhood with her brothers, sisters and relatives. She was a joyous, playful girl up to the day a maternal aunt of hers led her to visit the poor people in a convent. On that day she decided: "I want to be a nun and dedicate my life to the poor".

She kept her promise. The day after her graduation as Teacher she entered the convent. She became a sister of the Immaculate Conception's Order and began to teach at the College of her religious Order, in Itapagipe Town, but she was indeed dedicated to the poor.

At the start, she lodged sick persons in an abandoned house, giving them food, remedies and assistance with the help from friendly doctors. She intensively walked through the whole city of Salvador: she and her patients occupied the arcs of Ladeira do Bonfim, as well as a popular closed market and the convent's chicken yard. So she gave them assistance and, above all love.

She finally conquered the whole Bahia State, which perplexity saw that young, weak little nun walking down the streets at night, gathering up all the sick persons and beggars to take care of them with devotion.

She has built the largest hospital in Bahia State, the Santo Antonio Hospital, with about one thousand patients interned in it.

Considered as a model, it counts on all kinds of specialized physicians and one of the most modern surgical centers with laboratories and clinics, thus offering to its patients a clean, comfortable milieu, as well as a rich, healthful feeding.

The Santo Antonio Hospital is so efficient and complete that the Brazilian Medicine Association and the Ministry of Education recognize it as a Hospital-School, awarding titles of specialists to the doctors who are residents. The two Medical Schools in Bahia State have also recognized it as a model and their students get there the needed practical experience.

Sister Dulce has also built a pattern Educational Center in Simões Filho Town, where she has educated many abandoned children, giving them an employment when they come of age.

Sister Dulce was a great administrator: she controlled everything, she was aware of all necessities and knew how to solve any problem. However, she has ever been a modest woman she has never boasted of her work, has never read any praise worthy article, and she has always refused homage, since she was a servant of God and the poor as she herself insisted.

She has faced pain and death with courage and trust in God.

She was rewarded by being unanimously recognized as The Poor's Mother, the Bahia's Saint, and canonized while alive by everybody as Saint Dulce, The Bahia's Mother.

JOSÉ AUGUSTO BERBERT DE CASTRO
Jornalista e Médico Obras Sociais Irmã Dulce


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